sábado, 5 de julio de 2008

Sueño o realidad

En las horas más hermosas, fragantes

siempre mis ojos buscan cerrarse

al concluir de leer Annabel Lee

las clásicas lágrimas caen sobre la

almohada que pareciera haber sido

bordada de sedas orientales y rellena

de pétalos con un olor a orquídeas

de una especie que ojo humano

jamás ha visto que salen de las

líneas apasionadas de cada letra

cincelada y esculpida con ese amor

mayor a ninguno ejecutado por arpas

de oro acompañado por las voces

sopranas de las musas de ensueño

Siento una suave caricia que sabe

a cielo de una mano revestida de

suavidad sobre humana con un

olor a jardínes babilónicos con tal

sutileza , ternura y presicisión

mima mis sueños de luna nueva

Entre los recuerdos quedó su mirada

perpetua en ese retrato que no conoció

los detalles finales, doblado sobre

la mesa, junto a las plumillas el

tintero y los carboncillos, solloza y

se cubre de tristeza, de un polvo añejo

que lo mengua al deseo de finiquitarlo

Esos recuerdos que quedaron disecados

entre las hojas del libro que siempre

aferro a mi pecho celosamente, mi

querido amor, mi fiel amante

Un canto de poesía fúnebre invade

mi alma , porque se que dormías en

el lecho del olvido cuando Mnemosine

decidió rendirme al abandono, aunque

no sentí nunca tus labios los imagine

febriles untuosos entrelazados con los

míos. Ese deseo censurado, aún ausente

hace trémulo mi cuerpo, y el escalofrío

ahonda el hilo de sensibilidad de todas

las coordenadas de mi piel

Mucitaste adiós, la tierra lloró

estremeciéndose, una flor murió

y lágrimas de un ángel caen incesables

sobre ella. Que no asista al cortejo de mi

agonía, que no descubra mi figura

desgarbada y mustia

Corran el telón que la función se canceló

y desde el primer balcón aquel que sus

ojos me persiguen como el zenit, espera

ver de soslayo mi cortejo o quizá la

profundidad ébana de mis ojos que

espero conmuevan la extensión de

sus alas , yo olvidé el origen del

pecado y le hablo pupilarmente con

amor obsesivo en el drama ahogado y

conmovedor ese que incita al luto

Espántenlo, aléjenlo , grito y grito!!!

Te fuiste sin tocar siquiera el suelo

por donde mis pies andan descalzos

sintiendo emanar las raíces de lo que soy

Te olvidé, encerrado en la cúspide

de la oscuridad dormitaste,cesaron los

sollozos y las campanas ya no tañen mas

mis lamentos… quedaste ausente

Vienes, vuelves …no sé por qué agresivo

a mi mente, sí, vi su silueta , empañaba la

luna con tal belleza, triste , melancólico,

pero aun así su aura brillaba, era él, de

lágrima en lágrima derramó su pena y creó

a la perfección un mar, donde ahora yo vierto

mis interminables melancolías

1 comentario:

jorge silva dijo...

Foi com alegria que recebi os teus comentários no meu blogue após ter lido, dias antes, aqui no teu, que estavas com problemas e não conseguias ler os comentários que te deixassem nem ler outros blogues. Folgo em ver que a mensagem se "auto destruiu" e que tudo voltou ao normal!
A situação que ocorreu nestes dias fez-me pensar que tinha cometido um erro ridículo ao ainda não te ter dado a conhecer outro meio de me contactares caso estivesses impossibilitada de o fazer através do blogue. Já por várias vezes tinha pensado em comunicar-te o meu endereço de e-mail, e, para evitar de futuro qualquer outra situação semelhante à que ocorreu, e também para que me possas escrever sem que seja necessariamente para o blogue, aqui fica: antx@tvtel.pt
Fica à vontade para escrever, terei todo o gosto em ler os teus longos e-mails e responder-lhes.
No comentário que aqui tinhas publicado, e cujos elogios a mim e àquilo que escrevo agradeço profundamente, falavas-me na futura publicação de um livro meu, ideia que, aliás, carrego há anos e que, cada vez mais, começo a sentir ser chegada a hora. No entanto gostaria também de te perguntar - e um livro teu? Já publicaste alguma coisa ou pretendes publicar proximamente? Pergunto isto porque, de cada vez que te leio, fico admirado com a tua escrita porque a acho, francamente, muito boa. As figuras de estilo que usas, o tipo de linguagem, as imagens que evocas, etc., denunciam uma erudição e uma sensibilidade não muito comum e que não devia permanecer na obscuridade.

E agora, quanto ao "Sueño o realidad":
Todo o texto está uma lindíssima elegia a Edgar Allan Poe, tendo no entanto passagens, e conhecendo eu outros textos do teu blogue, que podem ser aplicadas a outra situações ou pessoas devido a essa sensação de saudade que está entrelaçada em vários textos teus. Há uma frase, cujo autor não me recordo agora, que se refere a "ter saudades daquilo que não conheci", e eu revejo muitas vezes esse sentimento naquilo que escreves. Estranhamente, neste país onde vivo , referem-se à "saudade" como sendo uma palavra portuguesa que não tem equivalente noutras línguas, como se insinuassem que, para além dos portugueses, ninguém mais é capaz desse sentimento. Insinuação perfeitamente descabida a meu ver porque apesar de a origem desta palavra remontar aparentemente à época dos "descobrimentos" (e uso as aspas porque tenho uma visão dessa "epopeia" diferente da versão "oficial") e referir-se ao sentimento que as famílias dos marinheiros experimentaram com a sua ausência, o sentimento em si não pode nunca ser exclusivo de que o consegue definir com uma palavra (sei aliás que os vikings, por exemplo, também possuíam palavras para se referir ao mesmo estado de espírito).
Bem, despeço-me por agora. Prometo dentro em breve enviar-te comentários aos teus textos anteriores a este. Lamento não ter hoje o tempo que desejaria mas, sinceramente, prefiro demorar mais e comentar os textos como eles merecem do que te enviar umas breves palavras apenas para dizer que disse alguma coisa.
Como já referi anteriormente, está à vontade para usares o meu endereço para me contactares.