siempre mis ojos buscan cerrarse
al concluir de leer Annabel Lee
las clásicas lágrimas caen sobre la
almohada que pareciera haber sido
bordada de sedas orientales y rellena
de pétalos con un olor a orquídeas
de una especie que ojo humano
jamás ha visto que salen de las
líneas apasionadas de cada letra
cincelada y esculpida con ese amor
mayor a ninguno ejecutado por arpas
de oro acompañado por las voces
sopranas de las musas de ensueño
Siento una suave caricia que sabe
a cielo de una mano revestida de
suavidad sobre humana con un
olor a jardínes babilónicos con tal
sutileza , ternura y presicisión
mima mis sueños de luna nueva
Entre los recuerdos quedó su mirada
perpetua en ese retrato que no conoció
los detalles finales, doblado sobre
la mesa, junto a las plumillas el
tintero y los carboncillos, solloza y
se cubre de tristeza, de un polvo añejo
que lo mengua al deseo de finiquitarlo
Esos recuerdos que quedaron disecados
entre las hojas del libro que siempre
aferro a mi pecho celosamente, mi
querido amor, mi fiel amante
Un canto de poesía fúnebre invade
mi alma , porque se que dormías en
el lecho del olvido cuando Mnemosine
decidió rendirme al abandono, aunque
no sentí nunca tus labios los imagine
febriles untuosos entrelazados con los
míos. Ese deseo censurado, aún ausente
hace trémulo mi cuerpo, y el escalofrío
ahonda el hilo de sensibilidad de todas
las coordenadas de mi piel
Mucitaste adiós, la tierra lloró
estremeciéndose, una flor murió
y lágrimas de un ángel caen incesables
sobre ella. Que no asista al cortejo de mi
agonía, que no descubra mi figura
desgarbada y mustia
Corran el telón que la función se canceló
y desde el primer balcón aquel que sus
ojos me persiguen como el zenit, espera
ver de soslayo mi cortejo o quizá la
profundidad ébana de mis ojos que
espero conmuevan la extensión de
sus alas , yo olvidé el origen del
pecado y le hablo pupilarmente con
amor obsesivo en el drama ahogado y
conmovedor ese que incita al luto
Espántenlo, aléjenlo , grito y grito!!!
Te fuiste sin tocar siquiera el suelo
por donde mis pies andan descalzos
sintiendo emanar las raíces de lo que soy
Te olvidé, encerrado en la cúspide
de la oscuridad dormitaste,cesaron los
sollozos y las campanas ya no tañen mas
mis lamentos… quedaste ausente
Vienes, vuelves …no sé por qué agresivo
a mi mente, sí, vi su silueta , empañaba la
luna con tal belleza, triste , melancólico,
pero aun así su aura brillaba, era él, de
lágrima en lágrima derramó su pena y creó
a la perfección un mar, donde ahora yo vierto
mis interminables melancolías
1 comentario:
Foi com alegria que recebi os teus comentários no meu blogue após ter lido, dias antes, aqui no teu, que estavas com problemas e não conseguias ler os comentários que te deixassem nem ler outros blogues. Folgo em ver que a mensagem se "auto destruiu" e que tudo voltou ao normal!
A situação que ocorreu nestes dias fez-me pensar que tinha cometido um erro ridículo ao ainda não te ter dado a conhecer outro meio de me contactares caso estivesses impossibilitada de o fazer através do blogue. Já por várias vezes tinha pensado em comunicar-te o meu endereço de e-mail, e, para evitar de futuro qualquer outra situação semelhante à que ocorreu, e também para que me possas escrever sem que seja necessariamente para o blogue, aqui fica: antx@tvtel.pt
Fica à vontade para escrever, terei todo o gosto em ler os teus longos e-mails e responder-lhes.
No comentário que aqui tinhas publicado, e cujos elogios a mim e àquilo que escrevo agradeço profundamente, falavas-me na futura publicação de um livro meu, ideia que, aliás, carrego há anos e que, cada vez mais, começo a sentir ser chegada a hora. No entanto gostaria também de te perguntar - e um livro teu? Já publicaste alguma coisa ou pretendes publicar proximamente? Pergunto isto porque, de cada vez que te leio, fico admirado com a tua escrita porque a acho, francamente, muito boa. As figuras de estilo que usas, o tipo de linguagem, as imagens que evocas, etc., denunciam uma erudição e uma sensibilidade não muito comum e que não devia permanecer na obscuridade.
E agora, quanto ao "Sueño o realidad":
Todo o texto está uma lindíssima elegia a Edgar Allan Poe, tendo no entanto passagens, e conhecendo eu outros textos do teu blogue, que podem ser aplicadas a outra situações ou pessoas devido a essa sensação de saudade que está entrelaçada em vários textos teus. Há uma frase, cujo autor não me recordo agora, que se refere a "ter saudades daquilo que não conheci", e eu revejo muitas vezes esse sentimento naquilo que escreves. Estranhamente, neste país onde vivo , referem-se à "saudade" como sendo uma palavra portuguesa que não tem equivalente noutras línguas, como se insinuassem que, para além dos portugueses, ninguém mais é capaz desse sentimento. Insinuação perfeitamente descabida a meu ver porque apesar de a origem desta palavra remontar aparentemente à época dos "descobrimentos" (e uso as aspas porque tenho uma visão dessa "epopeia" diferente da versão "oficial") e referir-se ao sentimento que as famílias dos marinheiros experimentaram com a sua ausência, o sentimento em si não pode nunca ser exclusivo de que o consegue definir com uma palavra (sei aliás que os vikings, por exemplo, também possuíam palavras para se referir ao mesmo estado de espírito).
Bem, despeço-me por agora. Prometo dentro em breve enviar-te comentários aos teus textos anteriores a este. Lamento não ter hoje o tempo que desejaria mas, sinceramente, prefiro demorar mais e comentar os textos como eles merecem do que te enviar umas breves palavras apenas para dizer que disse alguma coisa.
Como já referi anteriormente, está à vontade para usares o meu endereço para me contactares.
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